Powered By Blogger

Pesquisar este blog

sábado, 13 de março de 2010

Vai passar!

Sofremos muitas perdas importantes ao longo do caminho, mas podemos extrair aprendizado desses momentos e deixar que a dor, como tudo na vida, venha e vá.



De vez em quando, a vida parece que saiu dos trilhos: um grande amor vai embora, uma pessoa querida morre, um amigo o trai, um filho se muda para outro país, o emprego de anos é perdido inesperadamente. Nesses momentos, fica difícil perceber qualquer coisa além da raiva e da dor e, por mais que muita gente lhe diga que a situação é passageira, a sensação é de que, dessa vez, vai durar para sempre. Acredite: tudo passa e tudo sempre passará, como diz a música Uma Onda, inspirada composição da dupla Lulu Santos e Nelson Motta.


Mas atenção: infelizmente milagres não existem e para sair do buraco você também precisa dar uma força. Afinal, em momentos difíceis, o que mais se ouve é que só o tempo e a paciência são capazes de curar tudo. Antes fosse! Engana- se quem espera que eles, sozinhos, façam alguma espécie de mágica e levem a dor para longe. Basta ver que, muitas vezes, os meses e os anos passam, mas o sofrimento não.


Como encarar a questão não é caminho dos mais fáceis. Algumas pessoas tendem a criar subterfúgios emocionais que dificultam o retorno da vida aos trilhos. Há aquelas tão racionais que só são capazes de entender os fatos por um prisma meramente intelectual e se tornam teóricas da própria dor. Outras se mantêm em uma situação de sofrimento perene, reclamam de todos ao redor, da vida ou do universo e exigem cuidados e atenção constantes.
Não é o melhor caminho ficar no papel de vítima a vida inteirapara não precisar de sair do lugar, para não assumir sua responsabilidade no ato em si, seja uma briga,s eparação, perda, ou seja, diante da própria vida, diante de si mesmo.

“Se o sentimento não for entendido, digerido e elaborado, pode sobrar tristeza, rancor e até doenças, que às vezes levam à depressão.”,


Sylvia Loeb, psicanalista
 
Deixe doer


Além de procurar um ombro amigo, também é essencial aceitar a dor como um componente do processo e não brigar com ela. O importante é entendermos que todas as situações que aparecem em nossa vida nos trazem um aprendizado e só nos resta procurar perceber o que aquele momento quer nos ensinar sobre nós mesmos.

Ao que acrescenta a monja Cohen, fundadora da comunidade Zen Budista, de São Paulo: “Na dor, seja a dor”, recomenda. Segundo ela, esse sentimento é importante para nos mostrar onde está o problema e nos estimular a perseguir o caminho da cura. “Cada obstáculo, dificuldade ou perda é uma porta, uma entrada, uma possibilidade de mudança, um novo encontro.”

Amadurecer



A boa notícia é que, à medida que acumulamos experiências, é possível que fique mais fácil lidar com as inevitáveis perdas. Enquanto vivermos estaremos numa longa jornada de amadurecimento e transformação, que consiste em aceitar que tudo, absolutamente tudo, tem início, meio e fim.

“O hoje é o importante. Viva os bons momentos, porque eles também vão passar”.



Abraços;
Fabi ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário